quinta-feira, 28 de maio de 2015

Manutenção do instrumento

  

Manutenção do instrumento     



Dicas para manter seu instrumento tocável.



•Nunca guarde seu instrumento com o braço encostado na parede você poderá empená-lo. Pode ocorrer com guitarras, violões e principalmente em baixos onde a tensão nas cordas é muito maior. O ideal e guardar dentro de suas respectivas caixas ou deitados.


•O tom de discar do seu telefone produz uma vibração de 440 MHz, que corresponde à nota Lá. Portanto, na falta de um diapasão para afinar seu instrumento, utilize-se do telefone.

•Sempre que usar seu instrumento faça uma limpeza usando uma flanela bem lisa, retire a gordura do corpo e das cordas e recomendado usar produtos de limpeza e conservação que são próprios para as cordas principalmente as de aço.


Limpeza do instrumento Existem à venda produtos específicos para limpeza de instrumentos, corpo, escalas, cordas, etc. Prefira usar o material recomendado pelo fabricante (que pode variar conforme o tipo de acabamento e material do instrumento). A maioria dos fabricantes recomenda cera de carnaúba e a mesma pode ser encontrada em boas lojas de música. Jamais use produtos abrasivos (como cera de carro) ou solventes. Na falta de material adequado use um pano seco ou levemente umedecido. 


Importante Nunca deixe cordas enferrujadas em sua guitarra a ferrugem pode atingir outras partes metálicas do instrumentos como os captadores. 

Curiosidades Dizem que o primeiro efeito de distorção foi obtido quando um guitarrista desejando um timbre mais rico perfurou com um lápis o alto-falante do amplificador (Nota: Trata-se do guitarrista da banda inglesa The Kinks, que costumava se apresentar com agulhas espetadas nos alto-falantes dos amplificadores. Consta que a primeira música com "distorção" foi "You Really Got Me"). Com isso, havia a vibração em outros harmônicos devido ao ar que passava pelos furos. 
  


Cordas muito afastadas do braço


    Para aproximar as cordas do braço usa-se o ajuste de altura da ponte.
    Na maioria das guitarras e baixos o ajuste de distância entre as cordas e o braço é feito para cada corda separadamente através de dois pequenos parafusos que controlam a altura de cada corda.
    Em pontes de guitarras do tipo Les Paul ou similares são comuns apenas dois parafusos para o controle da altura de toda a ponte, afastando ou aproximando do braço todas as cordas de uma só vez.
    Ao executar este ajuste tenha em mente que uma distância muito pequena entre as cordas e o braço, embora mais confortável, pode gerar o problema conhecido como trastejamento que prejudica demasiadamente o som do instrumento gerando sons "fantasmas" bastante incômodos.


Cordas muito próximas do braço



   Trata-se talvez do problema mais comum em guitarras e baixos.

    Geralmente pode ser feito um pequeno ajuste na ponte inverso ao explicado acima para aumentar um pouco a distância entre as cordas e o braço. Caso seja necessária uma distância grande demais entre as cordas e o braço para evitar o trastejamento, é possível que o braço do instrumento esteja com problemas. Veja item adiante.
    Um outro problema que pode gerar trastejamento é o desgaste do capo traste, peça de plástico, marfim ou osso próxima à extremidade do braço, por onde passam as cordas. Em instrumentos antigos, com a afinação constante e o atrito das cordas sobre o capo traste o mesmo pode se gastar, fazendo com que a corda o corte e permitindo que a corda fique mais próxima aos trastes, gerando trastejamento. Pode-se trocar o capo traste ou (a título de experiência) retirá-lo (a maioria fica solta quando afrouxadas todas as cordas) e coloca-lo novamente sobre uma camada de papel ou papelão (para que fique um pouco mais alto, afastando um pouco as cordas do braço).
    Os capo trastes de osso ou marfim (comuns em instrumentos mais antigos) podem também se deteriorar (esfarelando e permitindo que as cordas fiquem mais próximas dos trastes) em virtude de contato com o óxido das cordas.
    Em alguns modelos de guitarras e baixos existe uma peça de metal responsável por puxar para baixo algumas cordas de forma que melhore o contato das mesmas com o capo traste. Quando retirada esta peça podem ocorrer problemas de trastejamento. Colocação errada das cordas (quando presas na parte de cima da tarraxa ao invés da parte inferior) podem também gerar problema semelhante.



Afinando uma corda, outras desafinam-se   


   É natural que ao afinar uma corda com o aumento de tensão todas as outras cordas se afrouxem um pouco (devido ao corpo e braço do instrumento naturalmente cederem um pouco à nova tensão se encurvando, o que é correto conforme veremos adiante). Isso é fácil de perceber quando se têm todas as cordas desafinadas e se afina uma por uma. Após afinar a última corda é necessário reafinar todas as outras já afinadas. De forma geral, porem, isso só precisa ser repetido uma ou duas vezes no máximo.
    Este problema se complica em caso de guitarras com ponte flutuante (com alavanca). Visto que a ponte flutuante normalmente cede com o aumento de tensão em uma corda, as outras cordas tendem a afrouxar, desafinando, o que não ocorre na mesma intensidade em instrumentos de ponte fixa (onde apenas o braço e corpo do instrumento cedem à tensão das cordas conforme explicado).
    Caso a ponte esteja muito frouxa (macia) obviamente irá ceder mais à tensão das cordas que estão sendo afinadas. Em alguns casos torna-se impossível afinar corretamente o instrumento sem que se aumente a tensão na ponte.


Instrumento gera chiados quando ligado ao computador



            O motivo mais comum é simplesmente cabo com mal contato ou curto circuito. Prefira cabos de boa marca (mais caros) e blindados.

    Experimente também limpar os contatos dos potenciômetros e chaves seletoras de captadores com produto adequado vendido em lojas de eletrônica.
    Experimente ainda tocar na parte metálica do plugue aonde é ligado o cabo no instrumento. Caso o ruído diminua você poderá acrescentar um fio ligando a ponte do instrumento à carcaça (neutro) do plugue, o que fará com que o corpo do músico funcione como aterramento, diminuindo a interferência sempre que ele toque nas cordas. Este detalhe presente na maioria dos instrumentos geralmente passa desapercebido e quando se faz troca de captadores ou reformas maus profissionais não se lembram de ligar a ponte à parte elétrica. Note por outro lado que esta ligação irá causar pequenos choques elétricos no músico.
    Apenas com um esquema elétrico da guitarra em questão (ou examinando um modelo similar) é possível saber aonde deve ser feita a ligação correta do aterramento na guitarra. Na maior parte dos casos a ligação pode ser feita ao corpo do plugue, mas isso não é um caso geral e o resultado por não ser o ideal.
    A maneira mais correta de resolver o problema é providenciar o que se chama de blindagem da parte elétrica do instrumento. Consiste em revestir de pintura metálica própria ou com uma camada de papel alumínio adesivo toda a cavidade onde se aloja o circuito do instrumento de forma que este fique protegido contra interferências externas. O circuito do instrumento deverá então ser aterrado na sua blindagem. Infelizmente não tenho maiores informações sobre como proceder a blindagem.
    Tente também girar 180º o plug do amplificador em relação à tomada. Se você usa cabos de baixa qualidade ou os montou procure diminuir ao máximo a exposição de fios dentro do plug. A malha (negativo) deve ser presa logo no fim da borracha do cabo e o cabinho positivo deve estar emborrachado até o positivo do plug. Prefira cabos bem blindados e flexíveis. Uma boa opção é usar cabos estéreo, mais caros mas com blindagem superior, com uma capa de alumínio em volta da malha e uma capa de plástico mais espessa.




  
Como afinar o instrumento
  

Afinar consiste em colocar as notas em suas devidas
alturas na escala musical.

Sempre antes de tocar seu instrumento você deve conferir a afinação, para
o iniciante que ainda não tem o ouvido treinado quase sempre a afinação
se torna uma tarefa difícil. Portanto existem  aparelhos que foram feitos
para auxiliar a tarefa de afinação.

Mas o estudante deve tentar afinar seu instrumento usando as técnicas
mais tradicionais, também é sempre bom pedir ajuda a alguém que já tem
um pouco mais de experiência.


Ao tocar as cordas livres, a partir da mais grave, (de cima para baixo) nós
emitimos os sons das seguintes notas:

MI |------------------------------------------------ 6º
LA |------------------------------------------------ 5º
RE |------------------------------------------------ 4º
SOL|------------------------------------------------ 3º
SI |------------------------------------------------ 2º
MI |------------------------------------------------ 1º


Temos que dispor de um Diapasão que emite a nota LA (440 Hertz).
Podemos também usar o tom de discar do seu telefone produz uma vibração
que corresponde à nota Lá.
Ou até mesmo usar como referência um teclado ou um outro instrumento já
afinado. Hoje em dia já existem até softwares que ajudam na tarefa de
afinação.



Afinação tradicional   

1º corda Mi 5º casa afinada com o diapason emite a nota Lá

2º corda Si apertada na 5º casa emite a nota Mi, compara-se com a 1º corda
solta, Mi.

Note a corda Sol pressionamos a quarta casa nota Si, compara-se com a
segunda corda solta a corda Si já afinada.

4º corda Re apertada na 5º casa emite a nota Sol, compara-se com a 3º corda
solta, Sol.

5º corda La apertada na 5º casa emite a nota Re, compara-se com a 4º corda
solta, Re.

6º corda Mi apertada na 5º casa emite a nota La, compara-se com a 5º corda
solta, La.


Observe o gráfico da tablatura da Afinação Tradicional

Mi :|---0-------------------|
Si :|---5---0---------------|
Sol:|-------4---0-----------|
Re :|-----------5---0-------|
La :|---------------5---0---|
Mi :|-------------------5---|


Contudo este método pode ser um pouco difícil para o iniciante, tente
usar mais notas na comparação isso pode tornar a afinação mais fácil

Vamos usar os mesmos passos da afinação tradicional, só que usaremos mais
notas na comparação.

1º Passo

   A 1º corda Mi 5º casa afinada com o diapason deve emitir a nota Lá


2º Passo

   Afinação da corda 2º (nota Si), compare as notas da 1º corda afinada
   com as notas da segunda corda, veja:

e:-------------------0--2--3--2--0-----|
B:--5--7--8--7--5----------------------|
G:-------------------------------------|
D:-------------------------------------|
A:-------------------------------------|
E:-------------------------------------|



3º Passo

   Afinação da corda 3º (nota Sol), compare as notas da 2º corda afinada
   com as notas da terceira corda, veja:

   Lembrando que a afinação da 3º corda (Sol) é apertada na 4º casa

e:--------------------------------------|
B:--------------------0--2--3--2--0--|
G:---4--6--7--6--4-------------------|
D:--------------------------------------|
A:--------------------------------------|
E:--------------------------------------|


4º Passo

   Afinação da corda 4º (nota Re), compare as notas da 3º corda afinada
   com as notas da quarta corda, veja:

e:--------------------------------------|
B:--------------------------------------|
G:-------------------0--2--3--2--0---|
D:--5--7--8--7--5--------------------|
A:--------------------------------------|
E:--------------------------------------|


5º Passo

   Afinação da corda 5º (nota La), compare as notas da 4º corda afinada
   com as notas da quinta corda, veja:

e:---------------------------------------|
B:--------------------------------------|
G:--------------------------------------|
D:-------------------0--2--3--2--0---|
A:--5--7--8--7--5--------------------|
E:--------------------------------------|


6º Passo

   Afinação da corda 6º (nota Mi), compare as notas da 5º corda afinada
   com as notas da sexta corda, veja:

e:--------------------------------------|
B:-------------------------------------|
G:-------------------------------------|
D:-------------------------------------|
A:-------------------0--2--3--2--0---|
E:--5--7--8--7--5--------------------|


  Ou podemos até mesmo comparar a 6º corda com a 1º, elas tem as mesmas
   notas a diferença é que a 6º corda Mi é mais grave do que a 1º corda Mi.

e:-------------------0--2--3--2--0---|
B:-----------------------------------|
G:-----------------------------------|
D:-----------------------------------|
A:-----------------------------------|
E:--5--7--8--7--5--------------------|



  

Ajuste de ponte Floyd Rose


As pontes Floyd Rose possuem alguns ajustes que devem ser feitos de acordo com o conhecimento de sua função. A seguir apresento cada ajuste e sua respectiva função:

1.Travas da pestana: Na verdade não se trata de um ajuste propriamente dito mas é necessário destravar as cordas para realizar alguns dos outros ajustes.
Procedimento: É recomendado afrouxar os parafusos somente o suficiente para que as cordas se movimentem livremente.
2.Ajuste das molas:É feito nas molas no compartimento central da parte de trás da guitarra. Sua função é manter a ponte equilibrada (tensão das cordas = tensão das molas).
Procedimento: É feito com as cordas destravadas. Afina-se a guitarra. Ainda que não se consiga afiná-la completamente aproxime a tensão das cordas da tensão em que elas estariam afinadas. Caso a traseira da ponte comece a se erguer durante o processo de afinação estique as molas apertando os parafusos do gancho as segura fazendo com que eles entrem mais no corpo da guitarra até que a ponte fique paralela à superfície frontal da mesma (da guitarra). Caso a traseira da ponte se mantenha afundada depois da afinação, as molas devem ser afrouxadas até que a ponte fique nivelada (paralela à superfície). Repita a afinação e o ajuste das molas até que a guitarra esteja afinada e a ponte nivelada.

Ajuste de ponte Floyd Rose

3. Ajuste de oitava: É feito fixando o rastilho de cada corda com o parafuso Allen na parte frontal de cada um deles. Sua função é ajustar o comprimento da parte vibratória da corda para compensar o acréscimo de tensão que ocorre quando pressionamos a corda contra um traste. Esse ajuste é necessário quando se diz que a guitarra está "mentindo".
Procedimento: É feito com as cordas destravadas e a guitarra afinada. Produza um som harmônico encostando levemente um dedo na corda sem apertar na altura do 12º traste e tocando a mesma com uma palheta. Ouça com atenção. Em seguida toque o som normal pressionando a corda na 12º casa. Compare os dois sons. Se o harmônico soar mais agudo que o som normal você deve fixar o rastilho mais para frente (encurtando a corda). Se o harmônico soar mais grave que o som normal você deve fixar o rastilho mais para trás(aumentando o comprimento da corda). Se os dois sons soarem iguais não é preciso mudar a posição. Para mudar a posição do rastilho primeiro afrouxe a corda correspondente e só depois afrouxe o parafuso de fixação do rastilho, posicione o rastilho como achar necessário e depois aperte o parafuso novamente (se for preciso use outro furo, existem 2 ou 3 para cada parafuso). Afine a corda e repita o procedimento se necessário.

4.Ajuste de altura: É feito nos dois parafusos grandes na frente da ponte e que a seguram no corpo da guitarra. Serve para ajustar a altura das cordas (ação).
Procedimento: Em alguns casos não é preciso destravar as cordas na pestana a não ser que desafine muito. Ajuste a altura com uma chave adequada (Phillips ou Allen) e toque um pouco usando principalmente a parte inferior da escala. Abaixe a ponte para uma ação baixa (macia e suave) ou levante para evitar trastejamento (especialmente para uma batida mais pesada).
5.Micro-afinação: É feito nos parafusos superiores semelhantes a pequenos botões. Serve para afinar a guitarra depois que as cordas forem travadas impedindo o uso das tarraxas.
Procedimento: Se a guitarra já estiver afinada e a ponte ajustada, coloque os parafusos de micro-afinação a meia altura e trave as cordas na pestana apertando os 3 parafusos Allen. Confira a afinação fazendo qualquer ajuste nos parafusos de micro-afinação. Caso o parafuso não alcance o tom desejado destrave a respectiva corda volte o parafuso de micro-afinação e repita o processo (afinar na tarraxa/ travar/ afinar no parafuso).
Cuidado! não esqueça: se as cordas estiverem travadas você não pode usar as tarraxas (isso inclui curiosos ou mesmo esbarrar a guitarra ou deixá-la apoiada nas tarraxas). Uma grande alteração na tensão das cordas entre a pestana e as tarraxas pode partir a corda ou danificar a paleta. Convém destravar a pestana periodicamente e reafinar o instrumento.

O TENSOR

As cordas de uma guitarra geram uma grande tensão no braço do instrumento, forçando-o a se curvar como em um arco e flecha. Em violões com cordas de nylon a tensão é menor do que em cordas de aço. Por isso fabricar um violão de nylon com um braço grosso já é o suficiente para evitar que ele se curve em excesso. Para guitarras e violões com cordas de aço, onde o esforço é maior, é necessário existir um tensor dentro do braço.



O tensor é composto de uma barra metálica que é colocada dentro do braço do instrumento durante sua fabricação. Essa barra tem um sistema de ajuste que permite ao braço ficar mais curvo ou mais plano de acordo com a necessidade.
Pode parecer meio estranho mas o ideal é que o braço da guitarra não fique totalmente plano e sim com uma suave curvatura. Tão suave que é necessário examinar o braço com muita atenção para perceber isso.
Um braço muito curvo pode deixar o instrumento duro de tocar e com notas fora de tom e um braço muito reto pode fazer as cordas trastejarem demais.

Como Verificar: O ideal é medir com instrumentos de precisão adequados mas você pode ter uma idéia de como está o ajuste do tensor utilizando o processo a seguir.
1) Afine com cuidado o seu instrumento (sempre faça isso antes de verificar qualquer ajuste).
2) Segure a sua guitarra na posição que você usa normalmente para tocar (não faça a medição com a guitarra deitada pois não vai conseguir a medida correta).
3) Na corda mi grave pressione ao mesmo tempo o primeiro e o último traste do seu instrumento e observe os trastes na região central do braço. Para encontrar a região central você pode usar uma fita métrica ou um barbante. Verifique se a corda está encostada ou levemente afastada dos trastes na região central. Se estiver totalmente encostada pode parar por aqui pois o tensor vai precisar de ajustes.
4) Caso ela esteja levemente afastada dos trastes precisamos verificar se essa essa distância é a ideal. Não dá para medir isso com uma régua pois a distância é muito pequena. Então vamos improvisar usando um cartão de visitas comum. Tente introduzir o cartão entre a corda e o traste (na região central). Você já deve ter percebido que vai precisar usar três mãos para fazer esse teste. Peça a ajuda de um amigo ou coloque um capo traste na primeira casa da guitarra. Se cartão não entrar no vão ou ficar muito folgado em relação à corda o tensor pode precisar de ajustes.



Realmente, só com o Luthier podemos ter certeza de como está o ajuste do tensor. O grau de dificuldade desse ajuste é DIFÍCIL E PERIGOSO. Se você estragar o tensor com um ajuste errado a única solução será TROCAR TOTALMENTE O BRAÇO. Vou repetir mais uma vez para ficar bem claro: NÃO AJUSTE O TENSOR POR CONTA PRÓPRIA!!!!! (Pergunte ao seu Luthier quantas vezes ele já recebeu instrumentos com o tensor estragado pelo dono. A quantidade é bem maior do que se imagina).

A PESTANA

A pestana é a peça que guia as cordas da guitarra das tarraxas até a escala. Geralmente é feita de plástico, osso, grafite (mais raro) e metal (sistemas com micro afinação como Floyd Rose, por exemplo). O ajuste será feito na altura em que a pestana vai elevar as cordas sobre a escala.
Se a pestana ficar muito alta a guitarra vai ficar dura de tocar e as notas entre o 1º e 3º trastes vão soar fora de tom. Se a pestana ficar muito baixa a guitarra vai trastejar nas cordas soltas.

Como Verificar: Vamos usar o mesmo cartão de visitar para verificar esse ajuste.
1) Afine com cuidado o seu instrumento (sempre faça isso antes de verificar qualquer ajuste).
2) Segure a sua guitarra na posição que você usa normalmente para tocar (estou repetindo isso por que é importante).
3) Sem apertar nenhuma corda, tente introduzir o cartão entre o primeiro traste e a corda. Se o cartão entrar muito justo ou folgado a pestana vai precisar de ajuste na sua altura. Faça esse teste em todas as cordas.
Esse é um ajuste de grau de dificuldade difícil para um leigo pois são necessárias ferramentas especiais e um erro de décimos de milímetros pode inutilizar totalmente a pestana e ela terá que ser trocada por outra ou calçada. Ou seja, não recomendo o ajuste em casa.


ALTURA DOS TRASTES

O ideal em um guitarra é que todos os trastes tenham a mesma altura, mas pode acontecer que, devido a algum problema, um ou mais trastes fiquem mais altos que os demais. Isso faz com que apenas algumas notas ou regiões do braço trastejem. Em casos mais graves o braço do instrumento fica com notas "mortas" ou seja, você tenta tocar aquela nota mas o som não sai de jeito nenhum.
Como Verificar: Aqui não tem muito segredo pois não precisa de nenhuma ferramenta para fazer o teste.
1) Afine com cuidado o seu instrumento (sempre faça isso antes de verificar qualquer ajuste).
2) Agora tente tocar nota por nota da guitarra em todas as cordas do instrumento e ver se o som em alguma delas está soando fraco, trastejando ou se a nota não está saindo. Procure dar a palhetada com naturalidade pois, por melhor que seja o instrumento, ela vai trastejar se a nota for tocada com muita força.
Esse é um ajuste de grau de dificuldade difícil para um leigo pois são necessárias ferramentas especiais e um conhecimento muito bom sobre instrumentos para saber qual o melhor método para consertar esse problema. Nunca tente fazer esse ajuste em casa, sob nenhuma hipótese.

ALTURA DA PONTE

A ponte da maioria das guitarras tem um ajuste de altura que varia de acordo com modelo do instrumento (Stratocaster, Les Paul, Telecaster, sistema Floyd Rose). Alguns sistemas de ajuste permitem controle de altura individual das cordas como nas pontes da Fender Stratocaster e em outros o ajuste da altura é feito em todas as cordas ao mesmo tempo como no casos das Les Paul e guitarras com Floyd Rose.
Se a altura da ponte estiver ajustada muito alta a guitarra fica muito dura de tocar e as notas podem soar um pouco fora de tom. Se a altura estiver muito baixa as cordas vão trastejar demais.

O grau de dificuldade desse ajuste é médio mas eu só recomendo que você tente fazê-lo em casa se todas as outras partes estiverem perfeitamente ajustadas.


AJUSTE DE OITAVAS

Cada corda da guitarra tem uma espessura diferente (as graves são mais grossas que as agudas). Por causa dessa condição, para que as notas da guitarra fiquem afinadas em todos os trastes, a distância da pestana até a ponte da guitarra não pode ser igual para todas as cordas.
Para resolver esse problema as pontes geralmente vem equipadas com um sistema de ajuste que permitem deslocar os apoios das cordas, diminuindo ou aumentando a distância entre pestana e a ponte. Caso a distância não esteja correta em qualquer direção, as notas vão soar fora do tom.

Como Verificar: Para esse ajuste você vai precisar de um afinador eletrônico de boa qualidade.
O grau de dificuldade para esse ajuste é fácil desde que você tenha um afinador eletrônico. Mas eu só recomendo esse ajuste se todas as outras partes de seu instrumento já estiverem ajustadas.


Conclusão
Você pode estar se perguntando: eu não poderia fazer os ajustes mais simples em casa? Infelizmente eu não recomendo. Basicamente por que um sintoma de problema pode ter várias causas diferentes. Por exemplo: uma guitarra trastejando pode ser um problema de ajuste na pestana, tensor, altura das cordas ou um dos trastes pode estar mais alto que os demais. Uma guitarra muito dura de tocar pode ser tensor, pestana, altura da ponte ou todos eles juntos, quem sabe?
Por isso eu acho interessante contratar o serviço de um Luthier. Geralmente não sai muito barato mas eu posso garantir, por experiência própria, que vale a pena.


Algumas dicas finais: quando você for levar sua guitarra para o Luthier para uma regulagem, aproveite para tirar as cordas velhas, fazer uma limpeza caprichada e colocar cordas novas (o ajuste do instrumento é mais preciso se for feito com cordas novas). Mande um jogo de cordas novas extra junto, quando for regular o instrumento, do tipo que você já está acostumado a usar - regular uma guitarra com corda .009 é diferente de regular uma com corda .011. Avise também ao seu Luthier se você toca guitarra com afinação normal ou meio tom abaixo pois isso afeta a regulagem do tensor.
Por último, procure um Luthier de confiança, de preferência um indicado por um amigo ou professor que já tenha levado a guitarra para regular com ele.
  

quarta-feira, 27 de maio de 2015

Teoria musical básica

Teoria Musical Básica.

            Para que possamos iniciar nosso estudo, este método é apenas uma parte da imensa teoria musical que serve para qualquer tipo de instrumento, ou seja, se você pretende aprender a tocar algum tipo de instrumento (Teclado, Baixo, Guitarra, Violão, Bateria é bateria também precisa de teoria, violino, instrumentos de sopro e etc.) é importante que saiba o básico que será apresentado nas linhas a seguir.

O que é música?

A pergunta “o que é música” tem sido alvo de discussão há décadas. Alguns autores defendem que música é a combinação de sons e silêncios de uma maneira organizada. Explicando com um exemplo básico: Muitos aparelhos emitem ruídos, mas não de uma forma organizada, por isso não é classificado como música. Essa definição parece simples e completa, mas definir música não é algo tão óbvio assim. Podemos classificar um alarme de carro como música? Ele emite sons e silêncios de uma maneira organizada, mas garanto que a maioria das pessoas não chamaria esse som de música.

Então, o que é música afinal?


Voltando ao início das aulas de música na escolinha da tia Tetéia, definição de música é: A arte de expressar os sentimentos através dos sons que de uma forma organizada em três estágios que interagem entre si, e são eles:

Melodia - é a voz principal do som, é aquilo que pode ser cantado.

Harmonia - é uma sobreposição de notas que servem de base para a melodia. Cada acorde é uma sobreposição de várias notas, como veremos adiante em outros tópicos. Por isso que os acordes fazem parte da harmonia.

Ritmo - é a marcação do tempo de uma música. Assim como o relógio marca as horas, o ritmo nos diz como acompanhar a música. Cada um desses três assuntos precisa ser tratado à parte. Um conhecimento aprofundado permite uma manipulação ilimitada de todos os recursos que a música fornece, e é isso o que faz os “sons e silêncios” ficarem tão interessantes para nosso ouvido.

Primeiramente temos que entender o que estamos ouvindo, treinar o ouvido é importante para poder começar a assimilar o que buscar nas diversas escalas que conhecemos ou que possamos conhecer no futuro.

Estrutura das notas.

Sabemos que existem 7 notas musicais principais, e são elas: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si; nós a representamos por um código que chamamos de cifras, então fica mais fácil de decorar seu significado e identificar rapidamente em uma partitura.

A composição das cifras se resumem nas seguintes estruturas:

Estrutura Padrão
Estrutura pelo Alfabeto
Dó - C
A – Lá
Ré – D
B – Si
Mi – E
C – Dó
Fá – F
D – Ré
Sol – G
E – Mi
Lá – A
F – Fá
Si – B
G – Sol



Nome da nota
Nome do acorde
Naturais
Sustenidos
Bemóis
A
A#
Ab
Si
B
B# ou C
Bb
C
C#
Cb ou B
D
D#
Db
Mi
E
E# ou F
Eb
F
F#
Fb ou E
Sol
G
G#
Gb

A estrutura padrão é um formato que utilizamos na ordem comum das notas de dó a si, para muitos é uma boa estrutura para decorar, porém tem pessoas que sentem mais dificuldades ao decorar essas que parecem serem simples letras e notas, só que são importantes e o receio acaba travando a compreensão do seu significado, então muitos acham o método de utilizar o alfabeto como uma forma mais fácil de decorar.
Isto é apenas uma simbologia básica, existem muitos outros simbolos que irei mostrar nessa lição que são complementos e dão mais significados às notas e ênfase ao que é proposto na música, esses simbolos assim como as cifras são importantes na música, pois passam mais informações do que será feito no instrumento e sua compreensão é vital para que possa ter sucesso na execução da atividade.

Abaixo tem uma lista com alguns dos simbolos e seus significados:

Simbolo
Nome
Significado
M
Maior
Indica que a nota ou acorde é maior
m
Menor
Indica que a nota ou acorde é menor
#
Sustenido
utilizado na escala cromática ascendente
b
Bemol
utilizado na escala cromática descendente
°
Diminuta
formado de um intervalo de 3a menor, 5a diminuta e 7a diminuta
Ø
Meio Diminuto
formado de um intervalo de 3ª menor, 5ª diminuta e 7ª menor
+
Aumentada
formado pela 3ª maior e 5 aumentada (meio tom acima da quinta)
4
Com quarta
acorde formado com a quarta nota em relação à tônica
6
Com Sexta
acorde formado com a sexta nota em relação à tônica
7
Com Sétima
acorde formado com a sétima nota em relação à tônica
9
Com Nona
acorde formado com a nona nota em relação à tônica
13
Com Décima Terceira
acorde formado com a 13ª nota ou sexta oitavada em relação à tônica


Sabendo destes simbolos e seus respectivos significados, entendemos que as sete principais notas musicais se transformam e suas variações compõe mais notas formando muitas escalas, dentre elas a escala primária e básica chamada escala cromática, sua formação segue-se desta forma:

Escala Ascendente – C, C#, D, D#, E, F, F#, G, G#, A, A#, B, C
Escala Descendente – C, B, Bb, A, Ab, G, Gb, F, E, Eb, D, Db, C

Você com certeza irá se perguntar, “porque não tem E#, B#, Cb e Fb”, estas notas existem na teoria, pois o conceito de tons e semi tons dão esta notoriedade a elas. Vejamos a nota E# e comparando com a escala cromática ela se torna a nota F, assim como B# se torna C, Cb se torna B e Fb se torna E, pois entre estas notas encontra-se uma variação na tonalidade.
Abaixo mostrarei a estrutura dos tons que facilitará a compreensão:

Escala diatônica – Composta por 5 tons e 2 semi tons.

Iº – IIº – IIIº  ^  IVº – Vº – VIº – VIIº  ^  VIIIº
Exemplo:
C – D – E ^ F – G – A – B ^ C
D – E – F# ^ G – A – B – C# ^ D
E – F# - G# ^ A – B – C# - D# ^ E
...
Legenda:
xº = Graus
- = Tom
^ = Semi tom

Estrutura dos acordes
             
É composta por duas ou mais notas formando um som harmônico que de acordo com a melodia e o ritmo utilizado forma um som agradável que conhecemos como música. Quando o acorde é formado por três notas chamamos de tríade, e seu nome é definido pela nota tônica, ou seja, é baseada na notas fundamentais conhecidas como (dó, ré, mi, fá, sol, lá, si).
Sua composição é feita da seguinte forma:
·         Nota fundamental ou tônica – é a primeira nota do acorde dando nome ao mesmo.
·         Terça Maior ou menor – responsável por dar a tonalidade do acorde.
·         Quinta justa ou diminuta – Consolida a formação do acorde informando se ele é justo, diminuo ou aumentado.

Nome dos graus da escala

Ordem
Grau
Nome
I
Tônica
II
Supertônica
III
Mediante
IV
Subdominante
V
Dominante
VI
Submediante / Superdominante / Sobredominante
VII
Subtônica / Sensível














Tríades e Tétrades

Como já vimos, a tríade é a formação básica do acorde composto por 1º, 3º e 5º grau da escala cromática. Ao utilizar uma quarta nota no acorde padrão, irá mudar a nomeclatura de tríade para tétrade deixando o acorde mais aprimorado e dando diferentes tonalidades na música nos momentos que se pede tais notas. Abaixo estão as tabelas com exemplo das formações de tríades e tétrades:

Tríades
Cifra
Descrição
G
Tríade maior (Sol, Si, Ré)
Gm
Tríade menor (Sol, Si b, Ré)
G° ou Gdim
Tríade diminuta (Sol, Si b, Ré b)
G+ ou Gaum
Tríade aumentada (Sol, Si, Ré#)
Tétrades
Cifra
Descrição
G7
acorde com sétima ou sétima dominante(Sol, Si, Ré, Fá)
G7M ou Gmaj7
acorde com sétima maior (Sol, Si, Ré, Fá#)
Gm7 ou G-7
acorde menor com sétima (Sol, Si b, Ré, Fá)
Gm7(b5)
acorde menor com sétima e quinta diminuta(Sol, Si b, Ré b, Fá)
G7°, G7dim ou Gº
acorde com sétima diminuta (Sol, Si b, Ré b, Fá b)
G7(b5)
acorde com sétima e quinta diminuta (Sol, Si, Ré b, Fá)
G7(#5)
acorde com sétima e quinta aumentada (Sol, Si, Ré#, Fá)
G7M(#5)
acorde com sétima maior e quinta aumentada (Sol, Si, Ré#, Fá#)
Gm(7M)
acorde menor com sétima maior (Sol, Si b, Ré, Fá#)
G6
acorde de sexta (Sol, Si, Ré, Mi)
Gm6
acorde menor com sexta(Sol, Si b, Ré, Mi)


Inversão do acorde
Além das formas indicadas nas tabelas acima, é possível indicar acordes em que a sequência das notas é invertida e uma das notas mais agudas é usada como baixo. Para indicar a inversão, utiliza-se a mesma notação acima, indicando qual das notas deve ser o baixo do acorde, separada por uma barra. A primeira inversão é obtida movendo a nota fundamental oitava acima, passando a segunda nota a ser o baixo. A segunda inversão é realizada, movendo o baixo da primeira inversão oitava acima.
Por exemplo, se o acorde de Sol maior - G (Sol, Si, Ré) for invertido uma vez, teremos G/B (Si, Ré, Sol oitava acima). Na segunda inversão o acorde é G/D (Ré, Sol oitava acima, Si oitava acima). A terceira inversão não é indicada pois é igual ao acorde original, apenas todas as notas são tocadas uma oitava acima. A inversão de qualquer acorde pode ser indicada da mesma forma, bastando indicar o acorde original e a nota que será a mais baixa na inversão - por exemplo um acorde com sétima G7 (tétrade) em sua segunda inversão seria G7/D (Ré, Fá, Sol oitava acima, Si oitava acima).
Resumindo - Podemos utilizar a inversão dos acordes simplesmente trocando as notas do acorde da posição padrão, facilitando a execução da nota ou até mesmo modificando o timbre gerado pelo acorde.

Tipos de Escalas
Escalas modernas, que na cultura ocidental são as mais utilizadas:

Escala cromática
Escala Maior
Escala menor
Escala pentatônica ou chinesa

Sendo que a Escala menor se divide em 3 :

Escala Menor Natural ou Primitiva
Escala Menor Harmônica
Escala Menor Melódica

Outras escalas são, entre outras:

Escalas gregas ou modos gregos, também chamados modos litúrgicos ou modos eclesiásticos, como dórico, frígio e lídio.
Escala cigana
Escala hexafônica ou Escala de tons inteiros
Escala árabe, uma escala de 17 notas com passos menores do que um semitom
Outras escalas exóticas

Outra maneira de sistematizar as escalas são a separação em:

Escalas diatônicas com 5 tons e dois semitons (como as escalas maiores, menores, ciganas e modos gregos)
Escalas artificiais (como a cromática com 12 semitons)
Escalas exóticas de outras culturas

Campo Harmônico.

            Chamamos campo harmônico, a escala feita a partir de suas respectivas notas que serão chamadas de tônicas e acidentes tonais como tons e semi tons, porém não trabalharemos apenas com as notas propriamente ditas mas seus acordes formados e com suas cifras e simbologias.

Como formar um campo harmônico

            Para cada nota dessa escala, iremos montar um acorde. Vamos ter, portanto, sete acordes, que serão os acordes do campo harmônico de dó maior.

Como faremos isso?

Para cada nota da escala, o acorde respectivo será formado utilizando o primeiro, o terceiro e o quinto graus (contados a partir dessa nota, em cima dessa mesma escala). Vamos começar com a nota C. O primeiro grau é o próprio C. O terceiro grau, contando a partir de C, é E. O quinto grau, contando a partir de C, é G.
No campo harmônico maior, que é o mais utilizado e de fácil compreensão, utiliza-se apenas 3 acordes maiores em sua estrutura, e podemos representá-los por graus que sendo transcrito em outras tonalidades terão o mesmo efeito. São os graus: Iº M, IVº M e Vº M.
Abaixo tem uma tabela completa dos campos harmônicos com suas variações:


 Tabela dos Campos Harmônicos Maiores Naturais


Fórmula
I M
II m
III m
IV M
V M
VI m
VII m(5b)
Sétimas
7M
7
7
7M
7
7
7
Tom C – Am
C
Dm
Em
F
G
Am
Bm(5b)
Tom C# - A#m
C#
D#m
Fm
F#
G#
A#m
Cm(5b)
Tom D – Bm
D
Em
F#m
G
A
Bm
C#m(5b)
Tom D# - Cm
D#
Fm
Gm
G#
A#
Cm
Dm(5b)
Tom E - C#m
E
F#m
G#m
A
B
C#m
D#m(5b)
Tom F – Dm
F
Gm
Am
A#
C
Dm
Em(5b)
Tom F# - D#m
F#
G#m
A#m
B
C#
D#m
Fm(5b)
Tom G – Em
G
Am
Bm
C
D
Em
F#m(5b)
Tom G# - Fm
G#
A#m
Cm
C#
D#
Fm
Gm(5b)
Tom A - F#m
A
Bm
C#m
D
E
F#m
G#m(5b)
Tom A# - Gm
A#
Cm
Dm
D#
F
Gm
Am(5b)
Tom B - G#m
B
C#m
D#m
E
F#
G#m
A#m(5b)


Tabela dos Campos Harmônicos Menores Harmônicos



Fórmula
I m
II m(5b)
III M(5#)
IV m
V M
VI M
VII m(5b)
Sétimas
7M
7
7M
7
7
7M
b7
Tom Am
Am
Bm(5b)
C(5#)
Dm
E
F
G#m(5b)
Tom A#m
A#m
Cm(5b)
C#(5#)
D#m
F
F#
Am(5b)
Tom Bm
Bm
C#m(5b)
D(5#)
Em
F#
G
A#m(5b)
Tom Cm
Cm
Dm(5b)
D#(5#)
Fm
G
G#
Bm(5b)
Tom C#m
C#m
D#m(5b)
E(5#)
F#m
G#
A
Cm(5b)
Tom Dm
Dm
Em(5b)
F(5#)
Gm
A
A#
C#m(5b))
Tom D#m
D#m
Fm(5b)
F#(5#)
G#m
A#
B
Dm(5b)
Tom Em
Em
F#m(5b)
G(5#)
Am
B
C
D#m(5b)
Tom Fm
Fm
Gm(5b)
G#(5#)
A#m
C
C#
Em(5b)
Tom F#m
F#m
G#m(5b)
A(5#)
Bm
C#
D
Fm(5b)
Tom Gm
Gm
Am(5b)
A#(5#)
Cm
D
D#
F#m(5b)
Tom G#m
G#m
A#m(5b)
B(5#)
C#m
D#
E
Gm(5b)



















  
Tabela dos Campos Harmônicos Menores Melódicos



Fórmula
I m
II m
III M (5#)
IV M
V M
VI  m(b5)
VII m(5b)
Sétimas
7M
7
7M
7
7
7
7
Tom Am
Am
Bm
C(5#)
D
E
F#
G#m(5b)
Tom A#m
A#m
Cm
C#(5#)
D#
F
G
Am(5b)
Tom Bm
Bm
C#m
D(5#)
E
F#
G#
A#m(5b)
Tom Cm
Cm
Dm
D#(5#)
F
G
A
Bm(5b)
Tom C#m
C#m
D#m
E(5#)
F#
G#
A#
Cm(5b)
Tom Dm
Dm
Em
F(5#)
G
A
B
C#m(5b)
Tom D#m
D#m
Fm
F#(5#)
G#
A#
C
Dm(5b)
Tom Em
Em
F#m
G(5#)
A
B
C#
D#m(5b)
Tom Fm
Fm
Gm
G#(5#)
A#
C
D
Em(5b)
Tom F#m
F#m
G#m
A(5#)
B
C#
D#
Fm(5b)
Tom Gm
Gm
Am
A#(5#)
C
D
E
F#m(5b)
Tom G#m
G#m
A#m
B(5#)
C#
D#
F
Gm(5b)






















Acorde de empréstimo modal

Como o próprio nome diz, Acorde de Empréstimo Modal (AEM) é um acorde emprestado de outro modo. Esse modo pode ser um modo grego ou o modo homônimo.
Na maior parte das vezes, os AEM são provenientes do modo homônimo. Por esse motivo, muitos autores classificam AEM como somente empréstimo do modo homônimo. Nossa definição aqui, porém, vai ser mais abrangente que isso.
Antes de continuarmos, vamos citar um exemplo de acorde de empréstimo modal: digamos que uma música está na tonalidade de Dó maior. Se, em algum instante da música, aparecer o acorde Eb7M, nós rapidamente identificamos que ele não faz parte do campo harmônico de Dó maior e sim do campo harmônico de Dó menor. Como Dó menor é o homônimo de Dó maior, concluímos que Eb7M é um AEM do modo homônimo. Os acordes de empréstimo modal são acordes passageiros; eles surgem na música de repente e, logo em seguida, a música já retoma a sua harmonia tonal novamente. É raro aparecer um AEM acompanhado de uma cadência, pois, nesse caso, estaríamos caracterizando uma modulação.
Repare na diferença: as modulações são pequenas transições de tonalidade. Os acordes de empréstimo modal não constituem uma mudança de tonalidade, eles são apenas acordes emprestados e passageiros. Entendido essa diferença, podemos prosseguir.
Opções de acordes de empréstimo modal
Considerando todos os modos, existem muitas opções de AEM para se utilizar nas músicas.
Do ponto de vista de notas de extensão, é muito comum substituir, no modo homônimo, os graus Im7 e IVm7 por Im6 e IVm6, respectivamente, devido à sonoridade agradável produzida.
É preciso ter atenção também com o acorde Vm7, pois, em alguns casos, ele não é AEM e sim segundo cadencial, proporcionando uma modulação para o quarto grau. Exemplo: Gm7 – C7 – F.
Muito bem, você já deve ter percebido que são muitos detalhes, então você precisa trabalhar em cada um deles com calma.
Agora que o conceito de empréstimo modal já está bem sólido, vamos treinar um pouco a improvisação em cima desses acordes. Depois, vamos analisar algumas músicas que contém AEM para você acreditar que isso realmente existe e é utilizado!
Como improvisar sobre acordes de empréstimo modal
Improvisar em cima dos AEM é simples, basta identificar de onde veio o empréstimo modal e tocar a escala desse modo em cima do acorde. Na teoria é fácil, mas na prática você deve estar imaginando que é difícil, pois precisamos identificar com muita velocidade qual foi o modo emprestado para saber qual tonalidade ou escala utilizar. Realmente isso é verdade. Por isso que é útil saber quais são os AEM mais utilizados, pois assim você pode decorar esses graus e saber automaticamente o que utilizar nessas situações. Tudo isso vai ajudar a diminuir suas surpresas na hora do improviso e aumentar sua bagagem musical. Quanto mais prática e experiência, mais rápido seu reflexo vai ficar.
Vamos começar então trabalhando improvisação em cima de algumas bases do Guitar Pro. Todas elas estão na tonalidade de Dó maior e contêm AEM:

 1) | C7M | Fm7 Bb7 | C7M |
No Segundo compasso desse arquivo, podemos usar a escala de Cm, já que Fm7 e Bb7 pertencem ao tom homônimo Cm. Outra opção seria utilizar os recursos que já estudamos para as cadências de II – V, com toda aquela abordagem possível para o dominante, pois Fm7 – Bb7 é uma cadência II-V com resolução deceptiva. Claro que o fato de ser resolução deceptiva requer cautela no retorno do solo para a tonalidade original.

2) | C7M | Dm7 Db7M | C7M |
Aqui nessa base temos, no final do segundo compasso, o acorde Db7M, que é um acorde empresado do modo frígio. Em outras palavras, Db7M é um acorde que existe na tonalidade de Ab maior (ele é IV grau de Ab), onde Dó é terceiro grau (IIIm7) de Ab. Então, podemos utilizar nesse momento a escala de Ab, sua relativa Fm ou, é claro, Dó frígio. Ou ainda, Db lídio, já que ele é IV grau de Ab. Tudo isso é, no fundo, a mesma coisa.

3) | C7M | Abmaj7 Db7| C7M |
Na primeira metade do segundo compasso, podemos utilizar a escala de Cm, pois Abmaj7 é um AEM do modo homônimo, IV grau de Cm. Na segunda metade, podemos utilizar Ab menor melódica, que é a escala menor melódica uma quinta acima de Db7. Obs: Este acorde está atuando como subV7 de G7.
4) | C7M Bb7 | Abmaj7 G7 | C7M |

Aqui, no primeiro compasso, já aparece um AEM (do modo homônimo). Em cima dele podemos utilizar a escala de Cm ou Si bemol mixo lídio, pois Bb7 é o quinto grau de Eb (relativa de Cm). Podemos continuar em cima da escala de Cm no segundo compasso devido ao Abmaj7 (que também pertence ao campo de Cm) e, quando vier o acorde G7, podemos tocar a escala de Dó menor harmônica, como se ainda fossemos continuar no modo de Dó menor. Essa é uma ideia bem interessante para essa progressão.

5) | C7M | Fmaj7 Fm6 | C7M |
No segundo compasso dessa progressão, em cima do Fm6 (IVm6), que é um AEM do modo homônimo, podemos utilizar a escala de Fá menor melódica. Se você quiser entender o porquê disso, leia o artigo “Quarto grau menor (IVm6)”.
Além de toda essa abordagem que mostramos, os acordes de empréstimo modal podem também ser precedidos por um dominante. Por exemplo, nos exercícios anteriores, Ab7M poderia ser antecedido por Eb7 em alguma progressão. Nesse caso, Eb7 não seria um acorde de empréstimo modal, e sim um dominante auxiliar. Agora, cuidado ao querer acrescentar também o segundo cadencial nessa progressão, para tentar formar um II – V – I, pois com essa estrutura já estamos partindo para o lado da modulação e saindo do mundo do empréstimo modal.

Não se esqueça do que falamos lá no início: AEM são acordes que aparecem como intrusos, eles não tem o objetivo de mudar a tonalidade da música, apenas aparecem como efeito surpresa para marcar alguma peculiaridade na melodia.